segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
sábado, 16 de janeiro de 2010
CIDADÃO DO MUNDO
O filósofo Sócrates, ao ser questionado sobre sua pátria, dizia que era um “cidadão do mundo”. Esta frase sempre me marcou muito, em especial quando vejo a situação caótica em que vivem milhões e milhões de seres humanos – tão humanos quanto eu ou qualquer outra pessoa!
Quando olho para a situação da África (que, epidemiologicamente falando, parece ter parado no século XIX, onde as pessoas ainda morrem de doenças de muito fácil controle nos países mais desenvolvidos) o que eu sinto é uma imensa vergonha.
Hoje os olhos do mundo se voltam para o Haiti – lugar, aliás, que nunca deveríamos ter desviado o olhar. Este pequeno país, que conta com pouco mais de 10 milhões de habitantes, sempre teve como sua mais marcante característica a miséria absoluta da grande maior parte da sua população. Na verdade, o terremoto que destruiu sua principal cidade (Porto Príncipe) agrava em muito uma situação já marcadamente caótica deste povo. O que antes era uma situação de grande miséria, agora torna-se uma situação de total desolação. Não bastasse a dor da perda dos entes queridos e dos lares, a população já tão sofrida tem que enfrentar a fome, a sede, a violência, as doenças que advém como decorrente do terremoto – como se já não bastassem as doenças da miséria, da falta de saneamento, da falta de recursos mínimos.
Neste momento, volto a pensar em Sócrates! Preciso ir alem dos meus limites geográficos e me ver como cidadã do mundo. Não tenho muito a fazer diante da situação caótica dos haitianos. Mas posso – e devo! – aprender com ela.
Temos, pertinho de nós, pequenos haitis. São milhares de pessoas – muitas crianças e idosos ainda mais fragilizados – que necessitam de nossa compaixão, de nosso olhar, de nosso cuidado. Infelizmente, para muitos, a miséria, a pobreza, da desigualdade representa apenas um número distante da realidade. Para outros tantos, pessoas nesta situação de exclusão, representam uma ameaça, um risco. Há ainda os que nem chegam a enxergar esta situação, vivendo numa situação de total alienação. Não sei de quem me compadeço mais: se dos excluídos e miseráveis ou se dos alienados covardes. Só tenho uma certeza: ambos precisam de ajuda: cada um dentro de sua necessidade!
Talvez seja bem mais fácil estar ao lado dos excluídos e miseráveis! Pois destes sabemos quais suas carências, suas necessidades. Temos meios de cuidar e minimizar as disparidades – por mais que isso seja um grande desafio! Já os alienados covardes, diante deles o desafio é bem maior! As carências são de natureza mais complexa; parece faltar-lhes, muitas vezes, o que nos dá a característica de SER HUMANO. Falta-lhes a compaixão, a capacidade de se sensibilizar com a dor e sofrimento do outro ...
É vendo-me como cidadã do mundo que me sinto na obrigação moral de fazer algo diante desta caótica situação! E diante da impossibilidade de estar lá no “nosso Haiti”, sigo na minha já assumida missão: ser gente que cuida de gente seja no Haiti ou em qualquer outro canto desta nossa casa que se chama planeta Terra.
Sandra Impagliazzo
domingo, 10 de janeiro de 2010
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
sábado, 2 de janeiro de 2010
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
BOA DICA PARA O ANO NOVO!!!
"Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!"
Fernando Pessoa
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
sábado, 26 de dezembro de 2009
Refletindo ...
“...Mas a vida é maior que a gente. A escola da vida é maior que a estreita sala de aula onde muitas vezes nos confinamos por gosto; a vida também é o pátio, a rua. A vida é a professora, aquela que nos recebia à porta da escola com um sorriso. A vida é sábia porque passa; como um rio, ora tranqüilo, ora caudaloso, vai fluindo, assim também corre a vida. O rio parece o mesmo nome; mas as suas águas nunca são as mesmas. O rio, como a vida, se renova. E esta é a lição que a vida, por ser vida, nos ensina: que é preciso renovar-se.”
Luiz Fernando Veríssimo
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
MEU NATAL ...
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
ORGANIZA O NATAL
Carlos Drummond de Andrade
Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de 10 meses; imperfeitamente embora, o resto é Natal. É possível que, com o tempo, essa divisão se inverta: 10 meses de Natal e 2 meses de ano vulgarmente dito. E não parece absurdo imaginar que, pelo desenvolvimento da linha, e pela melhoria do homem, o ano inteiro se converta em Natal, abolindo-se a era civil, com suas obrigações enfadonhas ou malignas. Será bom.
Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite, de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à cortina de nylon — sem cortinas. Governo e oposição, neutros, super e subdesenvolvidos, marcianos, bichos, plantas entrarão em regime de fraternidade. Os objetos se impregnarão de espírito natalino, e veremos o desenho animado, reino da crueldade, transposto para o reino do amor: a máquina de lavar roupa abraçada ao flamboyant, núpcias da flauta e do ovo, a betoneira com o sagüi ou com o vestido de baile. E o supra-realismo, justificado espiritualmente, será uma chave para o mundo.
Completado o ciclo histórico, os bens serão repartidos por si mesmos entre nossos irmãos, isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e alma. Não haverá mais cartas de cobrança, de descompostura nem de suicídio. O correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais de Chagall, em que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores; toda pintura, inclusive o borrão, estará a serviço do entendimento afetuoso. A crítica de arte se dissolverá jovialmente, a menos que prefira tomar a forma de um sininho cristalino, a badalar sem erudição nem pretensão, celebrando o Advento.
A poesia escrita se identificará com o perfume das moitas antes do amanhecer, despojando-se do uso do som. Para que livros? perguntará um anjo e, sorrindo, mostrará a terra impressa com as tintas do sol e das galáxias, aberta à maneira de um livro.
A música permanecerá a mesma, tal qual Palestrina e Mozart a deixaram; equívocos e divertimentos musicais serão arquivados, sem humilhação para ninguém.
Com economia para os povos desaparecerão suavemente classes armadas e semi-armadas, repartições arrecadadoras, polícia e fiscais de toda espécie. Uma palavra será descoberta no dicionário: paz.
O trabalho deixará de ser imposição para constituir o sentido natural da vida, sob a jurisdição desses incansáveis trabalhadores, que são os lírios do campo. Salário de cada um: a alegria que tiver merecido. Nem juntas de conciliação nem tribunais de justiça, pois tudo estará conciliado na ordem do amor.
Todo mundo se rirá do dinheiro e das arcas que o guardavam, e que passarão a depósito de doces, para visitas. Haverá dois jardins para cada habitante, um exterior, outro interior, comunicando-se por um atalho invisível.
A morte não será procurada nem esquivada, e o homem compreenderá a existência da noite, como já compreendera a da manhã.
O mundo será administrado exclusivamente pelas crianças, e elas farão o que bem entenderem das restantes instituições caducas, a Universidade inclusive.
E será Natal para sempre
Texto extraído do livro "Cadeira de Balanço", Livraria José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1972, pág. 52.
domingo, 1 de novembro de 2009
A MORTE COMO CONSOLO
A ssim como qualquer mortal, eu também esquento a cabeça com questões de difícil praticidade. Teorizar é moleza, mas como agir do mesmo modo que essas supermulheres que a gente vê nas revistas e jornais, sempre bem resolvidas? Você acha que eu sei? Sei nada.
Eu também me desgasto com assuntos mundanos, aqueles que nos atormentam dia e noite: sinto ciúmes, me constranjo ao negar convites, às vezes me acho severa demais com minhas filhas, às vezes severa de menos, não consigo ser tão solícita quanto gostaria, me sinto desatualizada em relação a tanta coisa, não sei direito a direção para a qual conduzir minha vida, enfim, coisinhas que nos roubam algumas horas preciosas de sono.
Como eu não faço terapia e não posso perder nem um minuto precioso de sono, já que normalmente durmo pouco, resolvi procurar um método pessoal para relativizar meus pequenos grilos cotidianos. E encontrei um que pode parecer macabro, mas está funcionando. Quando estou muito preocupada com alguma coisa, penso: eu vou morrer.
Óbvio que vou morrer, todo mundo sabe que vai morrer um dia, mas a gente evita pensar nesse assunto desagradável. No entanto, tenho pensado na morte não como uma tragédia, mas como um recurso para desencanar dos problemas, e então a morte se torna, ulalá, um paliativo: daqui a 40 anos, mais ou menos, eu não vou estar mais aqui. O que são 40 anos? Um flash. Todas as minhas preocupações desaparecerão. Nada do que eu sinto ou penso permanecerá, ao menos não para mim mesma – o que as pessoas lembrarem de mim será de responsabilidade delas. Eu vou evaporar. Sumir. Escafeder-me. Então pra que me preocupar com bobabem?
Diante da morte, tudo é bobagem. Recapitulando os exemplos dados no segundo parágrafo: ciúmes? Ouvi bem: ciúmes? De quem, pra quê, se todos irão pra baixo da terra e ninguém sobreviverá pra cantar vitória? Aproveite os momentos que você tem hoje – hoje! – para desfrutar seus prazeres e não pense em perdas e ganhos, isso não existe, é pura ilusão.
Os filhos nos amam, mas fatalmente reclamarão de nós um dia, não importa o quão bacana fomos com eles. Ser 100% solícita é coisa pra Madre Tereza. Atualização pode ser importante para o trabalho, mas nem sempre para nosso bem-estar. E, finalmente, seja qual for a direção que você der à sua vida, o que importa é que ela seja satisfatória hoje (repito a palavra mágica – hoje!) porque daqui a pouco você e suas preocupações virarão poeira. Até Ivete Sangalo vai virar poeira.
Importantíssimo (me descuidei, deveria ter colocado esse último parágrafo lá no início, mas já que vou morrer, dane-se): se você tem menos de 40 anos, desconsidere todas as linhas dessa crônica. Leve seu nascimento a sério. Antes dos 40, ninguém vai morrer. Essa é a ordem natural do pensamento humano. Pague seus impostos, preocupe-se com a direção que sua vida está tomando, morra de ciúmes, dê-se o direito de todas as cenas passionais e irracionais que incrementam seu script: não se entregue ao fatalismo. Honre o primeiro ato dessa encenação chamada vida.
Porém, depois dos 40, apenas divirta-se e não perca tempo se preocupando com bobagens. Vai dar em nada
Martha Medeiros
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Shakespeare
Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão.
Mas no fundo isso não tem muita importância.
O que interessa mesmo não são as noites em si, são os sonhos.
Sonhos que o homem sonha sempre.
Em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado."
( Shakespeare )
DIA DO MESTRE
" O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos."
( Rubem Alves )
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
domingo, 4 de outubro de 2009
QUEM SABE UM DIA
Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!
Quem é que
Quem é macho
Quem é fêmea
Quem é humano, apenas!
Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nós
Sabe ser um!
Um dia
Um mês
Um ano
Um(a) vida!
Sentir primeiro, pensar depois
Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois
Libertar primeiro, ensinar depois
Alimentar primeiro, cantar depois
Possuir primeiro, contemplar depois
Agir primeiro, julgar depois
Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois
Mário Quintana
sábado, 19 de setembro de 2009
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